Saudações estimados (as) leitores.
A busca pelo conhecimento é uma jornada contínua e a forma como estudamos determina até onde as nossas capacidades serão desenvolvidas. Com a variedade de métodos de estudo disponíveis e difundidos em diferentes metodologias escolares e não escolares, é essencial encontrar aqueles instrumentos que lidem melhor com nossas necessidades individuais e objetivos de aprendizado que pretendemos.
Mesmo com tantos materiais e referências disponíveis, parece que as pessoas, de modo geral, possuem muita dificuldade em compreender quais são as ações ou atividades que devem ser realizadas sob o nome de "estudar". Há quem creia que estudar é ler. Há quem pensa que estudar é realizar anotações de aulas, ou do objeto que está estudando. Para tentar elucidar melhor o que pode e deve ser considerado "estudo", neste momento, partimos de algumas proposições básicas para em seguida aprofundar, propondo ganhos de qualidade e complexidade.
Em primeiro lugar, parece importante destacar que existe uma dimensão do que chamamos de estudo que é absolutamente solitária e individual. O estudo individual oferece a liberdade de explorar tópicos no próprio ritmo, permitindo uma espécie de personalização que pode ser crucial para a compreensão profunda de algum determinado tema. Por exemplo, um estudante de música pode passar horas praticando um instrumento, enquanto um aspirante a programador pode dedicar tempo para resolver problemas de codificação complexos. Ou um cirurgião dedica longos tempos treinando a precisão de suas mãos para nao cometer erros, ou o professor que passa horas descobrindo qual o melhor modo de ensinar determinado grupo. A costureira que dedica muito treinamento para confeccionar perfeitamente, enfim, para cada labor se exige que domine as técnicas apropriadas e, com o estudo não é diferente. Pessoas com dificuldade em alguma área do conhecimento podem levar mais tempo para conseguir entender o melhor jeito de estudar certas matérias e terão mais conforto e segurança nas áreas que possuem facilidade. Algumas pessoas resolverão certas aprendizagens de modo rápido e outras de modo mais lento, legando ao estudo individual a possibilidade que equilibra e refina o esforço dedicado. É preciso que cada um de nós saiba como aprende melhor cada objeto de estudo, reconhecendo suas virtudes e vícios para superar cada etapa com sucesso. Essa abordagem individual permite ajustes finos e específicos nas técnicas de estudo, tornando o aprendizado mais eficiente e eficaz. Existem tantas possibilidades quanto mentes humanas, por isso, caberão muitas complementações sempre que falarmos de maneiras de estudo individual.
Por outro lado, existe a dimensão do estudo em grupo que traz a vantagem da colaboração que somento o coletivo pode proporcionar. Discutir ideias com outros pode expor perspectivas diferentes e facilitar a resolução de problemas. Em disciplinas onde a interpretação é chave, estudar em grupo pode enriquecer o entendimento através do debate e da troca de ideias. Ou seja, quando se trata de conseguir compreender teses e antíteses que nos darão a visão geral de um fenômeno, o estudo coletivo, em grupos, aparece como método mais funcional e que deve ser prioridade para dar a devida dimensão da complexidade dos objetos de estudo.
A tecnologia também pode desempenhar um papel fundamental nos estudos modernos. Ferramentas como aplicativos de flashcards, plataformas de cursos online e fóruns de discussão podem complementar métodos tradicionais, oferecendo novas maneiras de engajar com o material de estudo. A gamificação, por exemplo, pode transformar o aprendizado de uma língua estrangeira em uma experiência divertida e interativa. Mas, também não podemos esquecer que caderno, lápis, borracha, canetas, livros e recursos mais "antigos" também são muito úteis e são verdadeiramente a base dos processos de aprendizagem e não devem ser abandonados em nenhuma hipótese (um dos trabalhos desta série de textos será exclusivamente para ressaltar a importância de certos métodos tradicionais de estudo).
Por fim, nesta ocasião, é preciso reconhecer que não existe uma resposta única para a pergunta “como devemos estudar?”. Cada indivíduo deve considerar suas preferências pessoais, objetivos e contexto para moldar sua abordagem de estudo. O importante é manter a mente aberta para diferentes métodos e estar disposto a adaptar-se conforme necessário para alcançar o sucesso acadêmico e pessoal. Desta forma, acredito que tenhamos conseguido "preparar o terreno" para poder aprofundar o tema que é tão importante para as pessoas que buscam desenvolver suas capacidades sempre, das crianças até a plena maturidade.
Espero que você tenha gostado deste material e caso possa compartilhe, comente ou critique esta publicação para que possamos continuar o desenvolvimento e melhorar sempre.
Atenciosamente.
Professor Ricardo de Jesus Lopes
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