Saudações.
O ambiente de trabalho, que deveria ser um espaço de crescimento e desenvolvimento, ou no mínimo um lugar de busca por alguma harmonia social, muitas vezes se transforma em um campo minado de relações desumanas. A pressão por resultados, a competitividade exacerbada e a falta de empatia têm gerado um cenário cada vez mais desgastante para os profissionais.
Talvez seja demasiado esperançoso esperar do ambiente laboral possibilidades de crescimento e desenvolvimento, mas, sinceramente, talvez o nosso contexto pode ser chamado de cruel. As relações humanas básicas estão deterioradas. Um colega ou nós mesmos adoecemos, qual a reação dos que ficam no trabalho e dos "chefes"? Somos tratados com amizade, coleguismo e um mínimo de atenção, ou somos vistos como um problema, uma pessoa que atrapalha na ocasião? Quem se importa em saber como estamos nestes momentos?
Muitas são as situações em que relações desumanas acontecem nos espaços profissionais de nossos tempos, para tentar elucidar a questão, gostaria de expor algumas condições degradantes que estamos sujeitados. Quem sabe buscando esclarecer não mudamos um pouco a nossa experiência?
Sentir-se valorizado é fundamental para qualquer profissional. A ausência de reconhecimento pelo trabalho realizado pode gerar desmotivação e insatisfação. A falta de reconhecimento pode ser ilustrada de várias formas: quando o profissional é tratado como substituível de modo recorrente, quando o trabalho desempenhado é tratado como feito que qualquer um poderia fazer, ou, quando ausente todos se comportam como se tudo estivesse normal e a ausência fosse irrelevante.
Atitudes como humilhação, críticas constantes e isolamento podem causar danos psicológicos e físicos aos trabalhadores. Estas situações são recorrentes nos ambientes profissionais, muito embora as justificativas não sejam sempre explícitas. Quando o ambiente produz um grupo que supostamente está "alinhado" e outro que não, o desgaste é inevitável. Obviamente, quando existe relações de poder envolvidas, as situações se tornam ainda mais cruéis.
A exigência de cumprir metas cada vez mais altas em prazos curtos pode levar ao estresse e à exaustão. O mito do máximo de trabalho com o mínimo de recursos, para otimizar gastos, leva aos que estão trabalhando no limite de uma vulnerabilidade única. Quando os resultados ou falhas acontecem, a aparência é que tal pessoa foi incompetente, quando, na verdade, a estrutura desgastou tanto que tornou inviável cumprir as expectativas. A frustração se torna pessoal, mas trata-se de uma falha coletiva.
A comunicação explícita e eficaz é essencial para um bom relacionamento interpessoal. A falta dela pode gerar conflitos e mal-entendidos. Quando se pressupõe atuações e responsabilidades, sem a existência de combinados firmados, aqueles que se julgam afetados passam a realizar julgamentos injustos que humilham os que estão no objeto da crítica.
As relações desumanas no trabalho não são apenas um problema individual, mas um problema social que precisa ser combatido. É fundamental que as instituições e empresas invistam em um ambiente de trabalho mais humano e saudável, onde todos se sintam valorizados e respeitados. E, nós trabalhadores (as) temos obrigação de fazer nossa parte e atuar sistematicamente em nome da humanidade nas relações laborais.
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Até breve.
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